Procurando alguns textos, achei esse.
Para mim não tem significado, e para você...
Equilíbrio.
Equilíbrio.
O QUE VEM A SER SEU PRIMEIRO PLANO.
E O QUE VEM A SER SEU SEGUNDO PLANO.
ENQUANTO NÃO HOUVER IDÉIAS FIXAS, ELAS NÃO ESTARÃO NO EQUILÍBRIO.
NÃO SERÁ NADA, NÃO É NADA. APENAS PASSATEMPO.
É PASSATEMPO.
**
Não ouvi mais nenhuma palavra eu estava correndo por uma floresta adentro. Plantas da qual eu nunca tinha visto, passava por elas feito faca na manteiga, tudo se tornou mais fácil de onde eu tinha vindo: eu não lembrava. Minhas pernas estão doendo e até agora eu não entendi porque corro, será algo a me perseguir? Estou fugindo, e se alguém ou ninguém me procura? Sim, estou perdida.
Já começou a escurecer os barulhos aumentavam cada vez mais e o medo que eu já tinha está gritando mais alto dentro e fora de mim. Seguia pelas trilhas desenhadas por aquelas árvores, parece que elas estavam ali por muito tempo e não sairiam de lá também, minha cabeça rodava, tenho certeza que por ali já havia passado, não é possível estou correndo em círculos! Minha respiração está ofegante, já acabara meu ar, vou desmaiar logo, não sinto mais meus pés.
Olhava para trás e ninguém estava me procurando, caçando ou qualquer coisa do tipo. Não consigo parar, não tenho mais forças para tentar descansar, colocava as mãos sobre os joelhos, inspirava e expirava tudo de mim em pequenos minutos e só aquilo não era o bastante.
Que horas eram? Eu não parava de correr e não pensava em mais nada. A floresta era fechada, o caminho seco não acabava, com certeza era um sonho e eu vou sair dele a qualquer custo. A lua estava aposto, bem no centro do mundo, aposto que ja é bem tarde, ainda estou a correr, o frio começa a bater e minhas pernas e braços a tremer, um calor e de repente frio. Eu não entendi mais nada.
De repente veio o pensamento mais redundante do mundo "Eu amei você, mas amei você". Parei de correr no ato, minha cabeça pirava a meia noite como se eu tivesse me drogado com o maior entorpecente do mundo, quero sair daqui. Me perguntava "Me deixa sair?", é disso tudo o que eu preciso; logo voltei a correr talvez fugindo de mim mesma. "Do you think of me? Do you drink of me?" Aquilo gritava para mim em meu consciente, com medo ou sem ele, eu não queria mais ouvir, acho que era daquilo que eu estava fugindo.
A noite ali no alto, eu corria floresta abaixo, o perigo era eminente, não aguentava mais, sinto falta de ar e muita dor, acho que agora vou desmaiar.
"Eu amei você, mas amei você", repetia inúmeras vezes, e minha cabeça girava, as árvores rodavam junto comigo, a escuridão da floresta me acompanhava. Caí no chão e não quis levantar, na verdade nenhum membro meu fez algo para se levantar, meus olhos se abriam e fechavam constantemente, relutava para não ouvir mais aquela voz, estava me incomodando, ninguém me ouvia, perdi o controle.
Gritei, urrei... Até minha garganta ficar rouca, insisti, as lágrimas saiam de tanta raiva por estar ali, com sede e com fome, perdida? Não tinha um riacho, não tinha um rio, lago ou nada do tipo. Uma floresta sem água.
Quando meu corpo não resistiu, minha voz acabou, minhas mãos e membros doendo, machucado e com hematomas...Veio novamente: "eu amei você, mas amei você", meus olhos não aguentaram, pisquei pela última vez, ouvi um bipe.
Abri de novo olho, estava tudo claro, mais muito claro...
Fechei e abri de novo.
Estava numa cama, sim numa cama de hospital. E o barulho do bipe veio do meu lado, havia algo me ligando a ele, havia um soro... Olhei para o meu corpo eu conseguia mover as mãos e os dedos dos pés, então comigo estava tudo bem.
Fechei os olhos novamente. Apaguei. Acordei gritando. Eu ainda estou no hospital. Dessa vez eu tinha alguém do meu lado. Perguntei:
- O que estou fazendo aqui?
- Você não se lembra de nada?
- O que aconteceu?
- Você acordou agora, se recupere primeiro.
- Não, o que houve?
E a pausa contava os segundos e minutos do relógio.
- Bem, há algumas semanas atrás houve um acidente.
Outra pausa.
- E você estava em coma, querida. Todo esse tempo.
- Hum.
- E de dois dias para cá, você tem gritado muito, se debatendo. Os médicos não tinham nenhuma explicação. Achavam que as suas chances eram mínimas. Graças a Deus você está aqui, acordou e está viva!
Veio e me deu um abraço.
- E o acidente? Como aconteceu?
- Você terá de ser forte.
Olhei pasma, eu quero respostas.
- Eu sou, conte-me.
- Você foi passar o feriado com o seu namorado nas montanhas.
- Eu não me lembro direito.
- Os médicos disseram que você não seria capaz de se lembrar...Que ótimo tê-la de volta! -Não entendi mais nada, eu recuperei... - Vocês estavam a caminho, e o telefone tocou, o dele. Ele não quis que você percebe-se quem era, mas você logo notou.
Eu realmente não me lembrava de nada e muito menos dessa parte.
- E você descobriu algumas coisas que para o andamento que estava... Bem vocês discutiram no carro. Fique calma, porque eu sei que você pode tolerar.- Eu tolerar? -Não tenho certeza, a polícia está investigando com maiores detalhes.
- A polícia está envolvido nisso, pai?
- Sim, o acidente foi grave e não acharam que foi sem querer.
- Entendo. E onde Tay está agora? Ele também ficou em coma?
- Não...
E houve uma pausa. Dessa vez parecia que eu já sabia o que tinha acontecido. Meus olhos se encheram de lágrimas. tentei levantar da cama, não tinha forças, mas arranquei o soro, fechei os olhos, gritei e quando saí da cama meu pai correu e me abraçou. Que raiva e ódio que senti naquele momento.
- Eu quero ir visitá-lo, ver seu túmulo.
- Filha, não houveram vestígios de mais um corpo no acidente.
- Como? Quero saber o que houve...AGORA!
Ele não queria me contar de imediato, acho que esperaria eu me recuperar, ou parte da recuperação. Eu quero saber da verdade, afinal era a minha vida e a do meu namorado em jogo... .
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