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sexta-feira, 26 de fevereiro de 2010

Desintoxication

E imaginem só, uma semana longe de tudo e de todos, e contudo achei que não iria conseguir.
Sem vivência, sem vestígios de uma só alma viva. Me isolei!

Logo, não pensei na consequência de ficar uma semana longe das pessoas que amo, e, no entando foram delas que eu mais necessitei, e logo..LIGUEI.
Ao menos telefone eu tinha, ao menos internet eu não tinha, música também não tinha.

Alergia a produtos químicos, sol na sacada, um ar puro e sem preocupação. Este era o auge da minha solene paz. Como disse, música não tinha, nem muito menos 'LINGERRRRRR' quase morri. Eu juro
.

~*~
Já fazia tempo que nós trocávamos e-mails, telefonemas e nada de nos vermos pessoalmente, possivelmente era uma mentira? Anos e anos de paquera e eu não acreditava mais emum suposto encontro. Mas no sábado a noite era o combinado, uma rosa branca estaria em suas mãos esperando-me.
Contei para minha confidente, mostrei e-mails, recados e tudo o mais que tínhamos vivido por 2 longos anos. Até que ela começou a me questionar, me incomodar por novidades, e logo ela também estava apaixonada sem quiser participar daquilo.~
Era evidente que eu não tinha percebido, afinal éramos amigas, e amigos são para essas coisas, tudo menos ela.
Passado o termo de nós nos encontrar eu comprei o vestido ideal para o encontro, mudei o visual, fiz promessas e promessas para sair tudo perfeito, ele já havia me visto na web cam, e eu a ele também, fomos feitos um para o outro.
Chegando perto da data prometida, esta possível amiga tornou-se mais ignorante a ponto de querer se intrometer totalmente em nosso relacionamento, deixando-me aflita, sem caminho a percorrer e decidir. Sim eu teria de me afastar dela, bloqueá-la de minha da minha vida e sem deixar vestígios quaisquer da minha pessoa e do meu suposto namorado.
Ao faltar um mês, ela pegou meu celular e roubou o número de telefone dele, eu não sabia até que ele comentou que ela havia ligado para falar de mim, sobre algumas atitudes contraditórias e ignorantes a meu respeito; ele por sua vez ignorou os fatos, sabendo que eu não reagiria assim, e também por sempre ser verdadeira e procurar contar-lhe a verdade, independente do que acontencesse. Eu o amava, e ele me amava também.

Duas semanas se aproximando, e eu estava ansiosa, mas alguém estava muito nervoso, e queria de todo jeito me deixar também, pensando que não iria dar certo, sim, era ela. Dizia-me com todas as palavras, encontrava um meio, eu a evitava sendo delicada e educada, até que tomei uma provisão, cheguei até a discutir, mas como ela era muito destemida, disse-me que era loucura da minha cabeça, que era um ciúme doentio, que tinha por ele e que iria ameaçar nosso relacionamento! "Como és estúpida!", pensei em gritar no meio da rua, fugindo para o ponto de ônibus; como eu poderia fantasiar algo desse tamanho?
Uma semana e estava tudo perfeito, ele me ligando confirmando e eu também "-não sei porque não marcamos antes", -eu enfim concordei com ele.

Mas como era de se esperar, no dia do nosso encontro, no sábado a noite, um jantar romântico em um restaurante maravilhoso, eu estava com meu vestido novo, cabelos deslumbrantes o sorriso cheio de esperança, sapatos novos, tudo para impressioná-lo com o que eu já era, embora antes de tudo sua amiga. Quando entrei no saguão e pedi a mesa que ele nos reservara, eu me adentrei no lugar, um pouco tímida, perfeita para a ocasião, quando fui me aproximando a nossa mesa, aquele restaurante era o máximo, as rendas das mesas, os talheres a iluminação meio alaranjada, com um toque de dourado e vinho, as velas em cada mesa deixando-as individualmente pessoal, e nossa mesa, perto da janela, da saída principal e do palco (caso quiséssemos dançar).

Eu estava a caminho, com um sorriso largo, com as pernas tremendo, nunca pensei que ficaria nervosa na hora, afinal nós já nos conhecíamos. Quando eu o vi com a rosa branca na mesa, logo percebi o como era lindo, e que fazia parte de mim, e que teríamos muito a falar.
Para meu conflito, meu ansejo, havia alguém sentado na mesa, rindo e tagarelando, sim era ela, eu entrei em chamas de dentro para fora, mas resolvi ser paciente. O cumprimentei e a ignorei, e sentei-me do seu lado, como combinado a meses antes.

Eu estava desconcertada com a situação, até que ele por sua vez, começou a questioná-la, saber o que ela estava fazendo ali, e deixando-a sem rumo, estagnada na mesa. Ele chegou a ponto de ofendê-la com toda a classe do mundo, pedindo que se retirasse, porque o amor dele era meu, e o meu amor era dele, e que se ela tentasse nos separar novamente e alfinetar nossas vidas, ele entraria com recursos, e não seria totalmente educado da próxima vez. Então ela se retirou do recinto, com a cara no chão, com vergonha, me evitou, e saiu sem fazer um barulho...
Em seguida, ele veio conversar comigo porque eu não contei para ele o que estava acontecendo, eu retruquei e expliquei que ela estava supondo um ataque de ciúmes e diria que eu estava perdendo os sentidos e que não estava em meu juízo perfeito.

O assunto não se alongou muito, pois o foco não era ela, e sim nós. Então, fizemos o pedido, jantamos, nos divertimos e até dançamos sob a nossa música preferida, ele havia preparado tudo para nós, algo que eu não poderia imaginar, sonhar ou pensar em fazer sozinha.
Eu o amava, e ele me amava também, e nos beijamos.
~*~

No air - Jordin Sparks feat Chris Brown

Incrivelmente, sorridentemente, pensamente, alegremente, pazmente.

Beijos&desligo.
-escrevi no mesmo mês 2 vezes. Esses tratamentos me deixam mais calma.



Terça-feira de carnaval 2010



terça-feira, 16 de fevereiro de 2010

Many things ¬

Eu poderia ficar o tempo todo pensando em como sair daquele momento, em diversas situações e meu coração só sabe dizer uma coisa: Espera! Espera.
Juro por tudo que é mais sagrado no mundo, da minha personagem ambulante nesse mundo sombrio, eu não quero mais nada. Por si própria anda e fala coisas que o seu coração quer dizer, que morra então!

~*~
Antes da meia noite, o meu relógio despertou ao horário do meu remédio.
Estava acostumado com o termo usado pelos médicos sobre minha doença, rara doença; mas as especulações de todos ao meu redor são os que mais me doem, eles querem decidir por mim o que fazer até eu morrer. Eu já garanti que me sinto muito bem, e que mesmo doente não iria tão cedo. Eles não acreditam! Deixarei meus netos, meus filhos e meus amores. Judith, Elizabeth e minha mais nova amante Goreth, ela sim dizia que me amava e mesmo se eu morrer, choraria em meu túmulo, e não teria medo de enfrentar a dor.

Os médicos não sabem o que fazer comigo, só me dão essa dose neurótica de um compartimento ou um suplemento quaisquer, e que está atrasando a minha ida. Sinceramente quero ficar, e aproveitar o que me resta, meus queridos amores, minhas amantes, o que seria de mim sem elas? Meus netos me ignoram, meus filhos querem todo o meu dinheiro.

De cama eu não fico, passeio no bosque ao redor das outras fazendas, perto da cachoeira e do jardim de tulipas. Ah quando se é jovem, aqui é apaixonante, fugir por dentre as árvores, sair correndo respirando o ar que nos cerca.
De tudo mais belo, encantador, jovial, envelhecedor, as tulipas, sim as tulipas amarelas.

Hoje pela manhã decidi escrever, fazer uma biografia apara relatar os meus dias, alguns alegres, outros felizes, tristes e assim vai...Bate aquele vazio de não saber bem o que descrever, dizer a quem sei lá quem vai ler, aqui, ali e acolá.

Mas aprendi a não ter medo de seguir em frente, porque a qualquer cmainho que trilharmos, um caminho foi feito, muitas vezes com amor, não foi dado o valor, mas eu segui, contornei, e refiz várias vezes, e hoje já sinto que a luz no fim deste túnel irá chegar.

São tantas coisas a dizer, e outras que foram ditas e outras em que perdi a oportunidade.
Judith, Elizabeth e Goreth que me perdoem, mas essas três adoráveis senhoras me amaram, se doaram, se deram, e muitas vezes eu fingi amá-las de verdade, e querendo que elas estivessem ao meu lado, mesmo antes da doença, antes dessa proeza. Posso ser cafageste e canalha, mas minha vida inteira foram dessas simpáticas senhoras.
Não tive uma favorita, mas Goreth sempre foi a minha melhor, durante a semana, preparava meu chá de gengibre no horário nobre do café das cinco.

Creio em minha plena convicção, que por mais duro que fui, sempre amarei meus filhos e da minha fortuna me tornei Senhor.
Já passam da quatro da manhã, estou com meu pijama, o lampião na sacada da casa, cantando Imbranato, sim era mais um outro efeito da sdrogas que eu tomo daqueles doutores, gênios.

~*~

Algumas coisas nunca irão mudar, outras tardam em voltar a ser como eram antes.
Eu sou aquela que quer voltar a te ver sorrir todos os dias ;D

Sem melancolia, no stress.

Beijos